segunda-feira, 22 de março de 2010

Esta é uma recomendação da Cruz Vermelha a nível mundial:

Esta é uma recomendação da Cruz Vermelha a nível mundial:

O pessoal das ambulâncias e emergência médica que presta assistência aos nos acidentes da estrada, constata que os sinistrados têm um telemóvel consigo.
No entanto, na hora de intervir, muitas vezes esse pessoal não consegue descobrir qual a pessoa a contactar na longa lista de telefones existentes no telemóvel do acidentado.
Para tal, a Cruz Vermelha lança a ideia de que todas as pessoas acrescentem na sua lista de contactos o número de telefone da pessoa a contactar em caso de emergência.
Para facilitar, tal deverá ser feito da seguinte forma: Inserir na memória do telemóvel a entrada 'AA Emergência', seguida do nº de telefone para o qual deseja que seja feito o aviso. (As letras AA são para que este contacto apareça sempre em primeiro lugar na lista de contactos).
É simples, não custa nada e pode ajudar muito quem nos prestar assistência.
Se concordar com esta proposta, passe esta mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos.
É tão-somente mais um dado que regista no seu telemóvel e que pode ser muito importante.

News To Fly - A SATA leva-o à Festa da Flor‏

vejam esta!
A Sata para a Festa da flor, na Madeira, é solidária numa causa.
O preço praticado, reparem:

Lisboa
Funchal
› Ver detalhe ida desde
€35

Faro
Funchal

› Ver detalhe ida desde
€89

P. Delgada
Funchal

› Ver detalhe tarifa de residente
€154



Funchal
Porto Santo

› Ver detalhe ida e volta desde
€121

Para quando podemos ter alternativas de viajar dos Açores/ Lisboa por 35 Euros?

Estado devolve o IVA pago na aquisição de automóveis por imposição da E.U.‏

Julgo que a maioria, saberá que há já vários anos que o estado português, vem cobrando o IVA sobre o IA (Imposto Automóvel) quando o Iva deveria ter sido calculado e consequentemente pago apenas sobre o preço base do carro, antes de lhe ter sido somado o IA, o que como também sabem, daria lugar ao pagamento dum valor substancialmente mais baixo.
>
> A Comunidade Europeia, começou por multar o Governo português por este infringir a norma Europeia que não permite que seja cobrado imposto sobre um outro imposto, como acontecia neste caso.
>
> O nosso governo optou por pagar a multa, continuando, ainda assim, a cobrar, ainda que ilegalmente, o IVA sobre o IA, pois o valor da multa, era substancialmente mais baixo do que a verba conseguida anualmente com o incumprimento da norma comunitária.
>
>
> A Comunidade Europeia instaurou, por isso, um processo ao Governo Português, obrigando-o, não ao pagamento de uma coima, mas sim à abolição de tal ilegalidade.
>
> Assim o Governo Português é agora obrigado a devolver as verbas ilegalmente cobradas.
>
> Porém, só o fará a quem requerer a devolução dessa quantia, ilegalmente cobrada.
>
> Uns irão fazê-lo, outros, os menos atentos, não, o que equivale a dizer que o estado português vai lá ficar com muuuuito desse dinheiro, porque à boa maneira portuguesa, serão muitos os que nem vão, sequer, tomar conhecimento disto.
>
> Se tiverem na vossa lista de contactos, nomes de pessoas que possam desconhecer esta notícia, não deixem de lhes passar a mensagem, pedindo-lhes para que façam o mesmo.
>
> Não se esqueçam de que todo o dinheirinho que lá ficar, não vai, SEGURAMENTE, ser usado em prol de alguma prioridade nacional ou necessidade premente, mas sim para engordar os bolsos dos "boys".

sexta-feira, 19 de março de 2010

Piada do momento!

Piada do momento!

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem, decidiu dar-lhes apenas duas virtudes.

Assim, mandou o anjo-secretário anotar quais seriam os dons:

Aos Suíços, fê-los estudiosos e respeitadores da lei.

Aos Ingleses, organizados e pontuais.

Aos argentinos, chatos e arrogantes.

Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

Aos Italianos, alegres e românticos.

Aos Franceses, cultos e finos.

Aos Portugueses, inteligentes, honestos e socialistas.



O anjo anotou, mas logo, cheio de humildade e de medo, indagou:

-- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém aos portugueses foram dadas três!

Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?

-- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor.

Façamos então uma correcção:

de agora em diante, os portugueses, povo do meu coração, manterão esses três dons, mas nenhum deles poderá utilizar, simultaneamente, mais de duas, como os outros povos!

-- Assim, o que for socialista e honesto, não pode ser inteligente.

O que for socialista e inteligente, não pode ser honesto.

E o que for inteligente e honesto, não pode ser socialista!

quarta-feira, 17 de março de 2010

anedota gira

José sócrates, Obama e o Papa viajavam juntos no mesmo avião, quando aparece numa das asas o Diabo com uma enorme serra e começa a serrar a asa da aeronave.

Quando viram o Diabo ficaram apavorados, e Sócrates vira-se para o Obama:
- Obama, você que sabe falar e argumentar como ninguém, convença o cornudo a parar com isso senão vamos cair e morrer todos!!!
Obama foi até lá, conversou... conversou... e nada do capeta parar...


Obama voltou e implorou ao Papa:
- Papa, só o senhor nos poderá salvar... Ele não quer nem conversa... vai mesmo derrubar o avião !!!
O Papa foi até ao Diabo, usou de toda sua persuasão, argumentou o que pôde... e nada... Desistiu, voltou e resumiu a conversa:


- Não sei o que fazer... Estamos perdidos... Vamos rezar!!!
Foi quando Sócrates se levantou e disse:
- Deixa comigo... Sou a última chance, vou tentar.
E lá foi ele falar com o Diabo. Mal trocaram duas palavras o Diabo parou de serrar a asa do avião... e sumiu.
Obama e o Papa ficaram surpreendidos e perguntaram:
- O que é que você lhe disse?
- Companheiro... se eu morrer, vou formar governo no Inferno!

Caro(a) cidadão(ã),

Caro(a) cidadão(ã),

Se também teve ou está a ter problemas com o preenchimento da declaração electrónica de rendimentos de IRS, convidamo-lo a comunicá-los ao Ministério das Finanças, exigindo a sua resolução em tempo útil. Pedimos-lhe também que questione o Governo relativamente ao contra-senso de se estar a apoiar mais a compra de painéis solares do que a educação dos nossos filhos.
Para tal sugerimos que edite e envie a mensagem anexa ao seu destinatário.

Aproveitamos a ocasião para sugerir a consignação de 0,5% do IRS para as seguintes instituições pro-Vida:
Fundação Gonçalo da Silveira - NIPC 507.002.130
Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome - NIPC 504 335 642 504 335 642

Guimarães, 16 de Março de 2010
Portugal pro Vida

segunda-feira, 15 de março de 2010

4ª Edição da Via Sacra Motar do Pico

No Próximo Domingo dia 21 de Março aí estamos de novo nesta Quaresma.

Programa:

1ª São Caetano - 13h00
2ª Terra do Pão– 13h15
3ª São João – 13h20
4ª Silveira – 13h37
5ª Matriz Lajes – 13h55
6ª Pontas Negras – 14h22
7ª Piedade – 14h47
8ª Santo Amaro – 15h15
9ª Praínha de Baixo – 15h30
10ª Matriz São Roque – 15h55
11ª Santa Luzia – 16h20
12ª Bandeiras - 16h40
13ª Matriz Madalena – 17h05
14ª Candelária – 17h30
15º Santuário São Mateus – 17h50
Organização: Clube “motar” do Pico

Desde já pedimos desculpa de eventual atraso, junte-se a nós e reze connosco!

terça-feira, 9 de março de 2010

Gestão do fósforo

Gestão do fósforo

Um fósforo, um rebuçado de menta, uma chávena de café e um jornal: Estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que conhecemos. Um homem estava a conduzir há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome : Hotel Venetia. Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre saudou-o amavelmente: "-Bem-vindo ao Venetia!" Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático. No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a senhora da recepção fizera o pedido no momento do check-in). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou ao quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e um rebuçado de menta sobre cada um.. Que noite agradável aquela! Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do wc. Saiu da cama para investigar. Era uma cafeteira ligada automáticamente, que estava a preparar o seu café e, junto um cartão que dizia: "A sua marca preferida de café. Bom apetite!" Era mesmo! Como podiam eles saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal! Como é que eles adivinharam?" Mais uma vez, lembrou-se de quando fez o check-in: a recepcionista tinha perguntado qual o jornal que ele preferia. O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, um rebuçado de menta , uma chávena de café e um jornal. Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos-nos das pessoas. O valor das pequenas coisas conta, e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!!! Lembrando que: Esta mensagem vale também para nossas relações pessoais (namoro, amizade, família, casamento, trabalho) enfim pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe . Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que na maioria das vezes passam despercebidos

sábado, 6 de março de 2010

Esta coisa de "cova do Lobo"

Esta coisa de "cova do Lobo"

Agora que o cordeiro, decidiu mudar de pastagem, o Lobo sente fome...
Até aqui, o lobo era amigo do cordeiro!
O cordeiro dava prestigio ao lobo, o lobo comia á custa do "bom pastor".
~Levou do "bom Pastor" muita coisa, mas ele diz:
"fiz um trabalho gratuito",
"passei de latim a uivar portugalês", para o bom pastor!
Muita devoção do lobo ao "bom pastor"..........

Mas, a história agora começa

Lobo recebeu "gratuitamente" no século passado, 100 contos.... em 2009, 1000 euros "gratuitamente"...
No tempo do Filipe, já se cantava em portugûes, traduzido pelo Dr Piques!
Lobo tem memória curta!
O "bom pastor" agradece, que o lobo devolva espólio antes do cordeiro sair.
E nesta coisa de pastoreio falta, Óh CÃO! PASSA FORA....
com esse maior da Ilha que é dever de uivar ao vento da ponta do farol

quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma Conferência para o Ano Sacerdotal

Uma Conferência para o Ano Sacerdotal

por Mons. Guido Marini,
Mestre de Cerimônias das Celebrações Litúrgicas do Papa





Proponho focar em alguns aspectos ligados ao espírito da liturgia e refletir sobre eles convosco; na verdade, pretendo abordar um aspecto que vai exigir bastante de mim. Não apenas porque é uma tarefa exigente e complexa falar sobre o espírito da liturgia, mas também porque muitas obras importantes sobre este assunto já foram escritas por autores de alto calibre inquestionável em teologia e liturgia. Penso em duas pessoas em particular dentre muitos: Romano Guardini e o Cardeal Joseph Ratzinger.

Por outro lado, atualmente é mais do que necessário falar sobre o espírito da liturgia, especialmente para nós membros do sacerdócio sagrado. Mais ainda, há uma necessidade urgente de reafirmar o “autêntico” espírito da liturgia, tal como está presente na tradição ininterrupta da Igreja e atestado, em continuidade com o passado, nos ensinamentos mais recentes do Magistério: desde o Concílio Vaticano II até o presente pontificado. Uso a propósito a palavra “continuidade”, uma palavra muito querida pelo nosso atual Santo Padre. Ele tem feito desta palavra o único critério fidedigno pelo qual alguém pode interpretar corretamente a vida da Igreja, e mais especificamente, os documentos conciliares, incluindo todas as reformas propostas contidas ali. E como poderia ser diferente? Poderia alguém falar de uma Igreja do passado e de uma Igreja do futuro como se alguma ruptura histórica no corpo da Igreja tivesse ocorrido? Poderia alguém dizer que a Esposa de Cristo viveu sem a assistência do Espírito Santo em algum período particular do passado, de maneira que sua memória devesse ser apagada, esquecida propositalmente?

Mesmo assim parece às vezes que alguns indivíduos são verdadeiramente partidários de certa forma de pensar que pode se definir justa e propriamente como uma ideologia, ou melhor, uma noção preconcebida aplicada à história da Igreja que não tem nada a ver com a verdadeira fé.

Um exemplo do fruto produzido por essa ideologia enganadora é a distinção recorrente entre a Igreja pré-conciliar e a pós-conciliar. Tal maneira de falar pode ser legítima, mas apenas na condição de que não se entenda com isso duas Igrejas: uma pré-conciliar, que não tem mais nada a dizer ou a dar porque está ultrapassada, e uma segunda, a Igreja pós-conciliar, uma nova realidade nascida do Concílio e, por seu presumido espírito, sem continuidade com o seu passado. Esta maneira de falar e ainda mais, de pensar, não deve ser a nossa. Além de estar incorreta, já está superada e é antiquada, talvez sendo compreensível de um ponto de vista histórico, mas conectada a um período da vida da Igreja agora já concluído.

O que discutimos até agora com respeito a “continuidade” tem alguma coisa a ver com o assunto que nos foi pedido tratar nesta palestra? Sim, completamente. O autêntico espírito da liturgia não habita onde não é abordado com serenidade, deixando de lado todas as polêmicas com respeito ao passado recente ou remoto. A liturgia não pode e não deve ser uma ocasião de conflito entre aqueles que acham bom só o que veio antes de nós e aqueles que, pelo contrário, quase sempre acham ruim o que veio antes. A única atitude que nos permite ater-nos ao autêntico espírito da liturgia, com alegria e apreciação espiritual verdadeira, é considerar a liturgia do presente e do passado da Igreja como o mesmo patrimônio em contínuo desenvolvimento. Em consequência, trata-se de um espírito que temos que receber da Igreja e que não é fruto de nossa própria fabricação. Um espírito, posso acrescentar, que leva ao que é essencial na liturgia, ou, mais precisamente, à oração inspirada e guiada pelo Espírito Santo, em quem Cristo continua a se tornar presente para nós hoje, a emergir em nossas vidas. Na verdade, o espírito da liturgia é a liturgia do Espírito Santo.

Não tenho aqui a pretensão de abordar com profundidade o assunto proposto, nem de tratar todos os diferentes aspectos necessários para um entendimento panorâmico e completo da questão. Limitar-me-ei a discutir apenas uns poucos elementos essenciais à liturgia, especificamente com referência à celebração da Eucaristia, tal como a Igreja os propõe, e da forma como tenho aprendido a aprofundar meu conhecimento a respeito deles nestes dois últimos anos a serviço de nosso Santo Padre, Bento XVI. Ele é um autêntico mestre do espírito da liturgia, seja pelos seus ensinamentos, seja pelo exemplo que dá na celebração dos ritos sagrados.

Se, durante o curso destas reflexões sobre a essência da liturgia, eu apontar certos comportamentos que não considero em completa harmonia com o autêntico espírito da liturgia, farei isso apenas como uma pequena contribuição para fazer este espírito aparecer sempre mais em sua beleza e verdade.


1. A Sagrada Liturgia, um grande dom de Deus para a Igreja.

Estamos todos bem cientes de como o Concílio Vaticano II dedicou inteiramente seu primeiro documento à liturgia. Trata-se da Sacrosanctum Concilium, também chamada de Constituição sobre a Sagrada Liturgia.

Quero sublinhar o termo “sagrado” em sua aplicação à liturgia, devido a sua importância. Na verdade, os Padres conciliares pretenderam desta forma reforçar o caráter sagrado da liturgia.

O que, então, queremos dizer por sagrada liturgia? Os Orientais falariam, neste caso, da dimensão divina na Liturgia, ou, para ser mais preciso, daquela dimensão que não é deixada ao arbítrio do homem, porque é um dom que vem do alto. Refere-se, em outras palavras, ao mistério da salvação em Cristo, confiado à Igreja de maneira a torná-lo disponível em cada momento e em cada lugar por meio da natureza objetiva dos ritos litúrgicos e sacramentais. Esta é uma realidade que nos ultrapassa, que deve ser recebida como um dom, e que deve poder nos transformar. O Concílio Vaticano II afirma: “...cada celebração litúrgica, porque é uma ação de Cristo sacerdote e de Seu Corpo que é a Igreja, é uma ação sagrada que ultrapassa todas as outras...” (Sacrosanctum Concilium, n.7).

Desta perspectiva não é difícil se dar conta de quão distantes algumas formas de conduta estão do autêntico espírito da liturgia. De fato, alguns indivíduos têm conseguido subverter a liturgia da Igreja de várias maneiras sob o pretexto de uma má entendida criatividade. Isso tem sido feito em nome do princípio de adaptar-se à situação local e às necessidades da comunidade, apropriando-se do direito de remover, adicionar ou modificar o rito litúrgico com fins subjetivos e emocionais. Nós sacerdotes somos grandemente responsáveis por isso.

Por esta razão, já em 2001, o então Cardeal Ratzinger afirmava: “Há necessidade, ao menos , de uma nova conscientização litúrgica que possa por um fim à tendência de tratar a liturgia como se fosse um objeto aberto à manipulação. Chegamos a um ponto onde equipes litúrgicas montam a liturgia do Domingo por sua própria conta. O resultado é certamente o produto imaginativo de uma equipe de indivíduos capazes e habilidosos. Mas desta forma se reduz o espaço onde se pode encontrar o “totalmente outro”, no qual aquele que é santo se oferece a Si mesmo como dom; aquilo com que me encontro é apenas a habilidade de um grupo de pessoas. É aí que nos damos conta de que estamos procurando por algo mais. O que temos é muito pequeno e, ao mesmo tempo, diferente. O mais importante hoje é adquirir um novo respeito pela liturgia, e estar consciente de que ela não está aberta à manipulação. Aprender novamente a reconhecer em sua natureza uma criação viva que cresce e que nos foi dada como dom, através do qual participamos da liturgia celeste. Renunciar a procurar nela a nossa própria auto-realização para que possamos vê-la como um presente. Isto, creio eu, é de primária importância: vencer a tentação de um comportamento despótico, que concebe a liturgia como um objeto, propriedade do homem, e despertar de novo o sentido interior do sagrado.” (do livro “God and the World”).

Afirmar, desta forma, que a liturgia é sagrada pressupõe o fato de a liturgia não estar sujeita a modificações esporádicas e invenções arbitrárias de um indivíduo ou de um grupo. A liturgia não é um círculo fechado no qual decidimos nos encontrar, talvez para encorajarmos uns aos outros, para sentir que somos protagonistas de alguma festa. A liturgia é a convocação de Deus para que o seu povo esteja em Sua presença; é o advento de Deus entre nós; é Deus que nos encontra neste mundo.

Certas adaptações a situações locais particulares são previstas e devidas. O próprio Missal indica onde adaptações podem ser feitas em algumas de suas seções, ainda que somente nessas e não arbitrariamente em outras. A razão para isto é importante e é bom reafirmá-la: a liturgia é um dom que nos precede, um tesouro precioso que nos foi entregue pela antiga oração da Igreja, o lugar no qual a fé encontrou no tempo sua forma e expressão orante. Ela não está à disposição de nossa subjetividade. Está indisponível à nossa subjetividade para estar integralmente à disposição de todos, ontem, assim como hoje e também amanhã. “Atualmente também,” escreveu o Papa João Paulo II em sua carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, “deveria ser redescoberta e valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da Eucaristia.” (n.52)

Na brilhante Encíclica Mediator Dei, que é tão frequentemente citada na Constituição sobre a Sagrada Liturgia, o Papa Pio XII define a liturgia como “...o culto público... o culto integral do corpo místico de Jesus Cristo, ou seja, da cabeça e de seus membros.” (n. 20) Como para dizer, entre outras coisas, que na liturgia, a Igreja oficialmente se identifica no mistério de sua união com Cristo como esposa, e onde ela oficialmente revela a si mesma. Com que insana inconsequência podemos reclamar para nós mesmos o direito de mudar de maneira subjetiva os santos sinais que o tempo depurou, através dos quais a Igreja fala de si mesma, de sua identidade e de sua fé?

O povo de Deus tem um direito que não pode ser ignorado nunca, em virtude do qual a todos se deve permitir aproximarem-se do que não é meramente o pobre fruto do esforço humano, mas a obra de Deus, e precisamente porque é a obra de Deus, é uma fonte de salvação e de vida nova.

Quero prolongar minha reflexão um pouco mais sobre este ponto, o qual, posso testemunhar, é muito caro ao Santo Padre, partilhando convosco uma passagem da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, de Sua Santidade o Papa Bento XVI, escrita após o Sínodo sobre a Sagrada Eucaristia. “Ao ressaltar a importância da arte da celebração,” o Santo Padre escreve, “põe-se em evidência o valor das normas litúrgicas... A celebração eucarística é frutuosa quando os sacerdotes e os responsáveis da pastoral litúrgica se esforçam por dar a conhecer os livros litúrgicos em vigor e as respectivas normas... Talvez se dê por adquirido, nas comunidades eclesiais, o seu conhecimento e devido apreço, mas freqüentemente não é assim; na realidade, trata-se de textos onde estão contidas riquezas que guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo dos dois milênios da sua história.” (n.40)


2. A orientação da oração litúrgica.

No meio de tantas mudanças que caracterizaram, durante o curso do tempo, a arquitetura das igrejas e os lugares onde a liturgia acontece, uma convicção sempre permaneceu clara dentro da comunidade cristã, quase até o presente dia. Refiro-me à oração voltada para o oriente, uma tradição que remonta às origens do Cristianismo.

O que se entende por “oração voltada para o oriente”? Refere-se à orientação do coração orante em direção a Cristo, de quem a salvação vem, e para quem se dirige tanto no começo como no fim da história. O sol nasce no leste, e o sol é um símbolo de Cristo, a luz que nasce no Oriente. A passagem messiânica do cântico Benedictus vem prontamente à mente: “Pela bondade e compaixão de nosso Deus, o Sol nascente nos veio visitar”.

Estudos recentes e muito confiáveis provaram efetivamente que, em cada época de seu passado, a comunidade cristã soube encontrar a forma de expressar nos sinais litúrgicos, externos e visíveis, esta orientação fundamental para a vida da fé. É por isso que encontramos igrejas construídas de tal maneira que a abside[1] é voltada para o oriente. Onde tal orientação do espaço sagrado não era possível, a Igreja recorria ao uso do Crucifixo colocado sobre o altar, no qual todos podiam focar a atenção. Com o mesmo propósito muitas absides eram decoradas com representações resplandecentes do Senhor. Todos eram convidados a contemplar essas imagens durante a celebração da liturgia eucarística.

Sem precisar recorrer a uma análise histórica detalhada de desenvolvimento da arte cristã, gostaríamos de reafirmar que a oração voltada para o oriente, mais especificamente, voltada para o Senhor, é uma expressão característica do autêntico espírito da liturgia. É neste sentido que somos convidados a voltar nossos corações para o Senhor durante a celebração da liturgia eucarística, como o diálogo introdutório do Prefácio bem nos recorda. Sursum corda “Corações ao alto”, exorta o sacerdote, e todos respondem: Habemus ad Dominum “O nosso coração está em Deus.” Ora, se tal orientação deve ser sempre adotada interiormente pela comunidade cristã inteira quando reunida em oração, deveria ser possível encontrar esta orientação expressa externamente também através de sinais. O sinal externo, além disso, não poderá ser verdadeiro, a não ser que através dele a atitude espiritual correta se torne visível.

Esta é a razão para a proposta feita pelo então Cardeal Ratzinger, e reafirmada agora durante o curso de seu pontificado, de colocar o Crucifixo no centro do altar, de tal modo que todos, durante a celebração da liturgia, possam concretamente se voltar e olhar para o Senhor, e assim orientar também suas orações e corações. Escutemos diretamente as palavras de Sua Santidade, Bento XVI, que no prefácio do primeiro volume de suas “Obras Completas”, dedicado à liturgia, escreve o seguinte: “A idéia de que o sacerdote e o povo devem ficar de frente um para o outro durante a oração nasceu apenas no cristianismo moderno, e é completamente alheia à Igreja antiga. O sacerdote e o povo certamente não rezam um para o outro, mas para o único Senhor. Logo, eles olham para a mesma direção durante a oração: seja para o oriente como um símbolo cósmico do Senhor que vem, ou, onde isto não é possível, para a imagem de Cristo na abside, para um crucifixo, ou simplesmente para os céus, como Nosso Senhor mesmo fez em sua oração sacerdotal na noite anterior à Sua Paixão (Jo 17,1). Vemos que a proposta feita por mim no final do capítulo que trata desta questão no meu livro “O Espírito da Liturgia” está felizmente se tornando mais e mais comum: em vez de realizar transformações mais profundas, simplesmente colocar o crucifixo no centro do altar, ao qual tanto o sacerdote quanto o povo possam se voltar e ser levados desta forma em direção ao Senhor, a quem todos se dirigem juntos na oração.”

Que não se diga, portanto, que a imagem de nosso Senhor crucificado obstrui a visão que os fiéis têm do sacerdote, porque eles não estão ali para olhar para o celebrante naquele ponto da liturgia! Eles estão ali para voltar seus olhares para o Senhor! Da mesma maneira, o presidente da celebração também deve ser capaz de se voltar na direção do Senhor. O crucifixo não obstrui nossa visão; em vez disso ele expande nosso horizonte para ver o mundo de Deus; o crucifixo nos leva a meditar no mistério; nos introduz no céu de onde vem a única luz capaz de dar sentido à vida nesta terra. Nossa visão, na verdade, estaria cega e obstruída se nossos olhos permanecessem fixos naquelas coisas que mostram apenas o homem e suas obras.

Desta forma pode-se entender porque hoje ainda é possível celebrar a Santa Missa nos altares antigos, quando as características arquitetônicas e artísticas de nossas igrejas assim o permitirem. Também nisto, o Santo Padre nos dá um exemplo quando celebra a sagrada eucaristia no antigo altar na Capela Sistina na festa do Batismo do Senhor.

Em nosso tempo, a expressão “celebração voltada para o povo” entrou no vocabulário comum. Se a intenção ao usar esta expressão é descrever a localização do sacerdote que, nos dias de hoje frequentemente se encontra voltado para a assembléia devido à posição do altar, tal expressão é aceitável. Todavia, tal expressão seria categoricamente inaceitável a partir do momento em que viesse a expressar uma proposição teológica. Teologicamente falando, a Santa Missa, na realidade, é sempre dirigida a Deus por Cristo Senhor, e seria um grave erro imaginar que a orientação principal da ação sacrifical é a comunidade. Logo, tal orientação, de se voltar em direção ao Senhor, tem que animar a participação interior de cada indivíduo durante a liturgia. É igualmente importante que esta orientação seja bem visível como sinal litúrgico também.


3. Adoração e união com Deus.

A adoração é o reconhecimento cheio de admiração, e poderíamos mesmo dizer com êxtase (porque nos faz sair de nós mesmos e de nosso mundo pequeno), o reconhecimento do poder infinito de Deus, de sua majestade incompreensível e de Seu amor sem limites que nos é oferecido com absoluta gratuidade, de Seu Senhorio onipotente e providente. Consequentemente, a adoração leva à reunificação do homem e da criação com Deus, ao abandono do estado de separação, de aparente autonomia, à perda de si mesmo, que é, além do mais, a única maneira de ganhar a si mesmo.

Diante da inefável beleza da caridade de Deus, que toma forma no mistério da Encarnação do Verbo, que por nós morreu e ressuscitou, e que encontra sua manifestação sacramental na liturgia, não nos resta mais nada a não ser estar em adoração. O Papa João Paulo II afirma na carta Ecclesia de Eucharistia: “Há, no evento pascal e na Eucaristia que o atualiza ao longo dos séculos, uma capacidade realmente imensa, na qual está contida a história inteira, enquanto destinatária da graça da redenção. Este enlevo deve invadir sempre a assembléia eclesial reunida para a celebração eucarística.” (n.5)

“Meu Senhor e meu Deus,” fomos ensinados a dizer desde a infância no momento da consagração. Desta maneira, tomando emprestadas as palavras do apóstolo São Tomé, somos levados a adorar o Senhor, feito presente e vivo nas espécies da sagrada eucaristia, unindo-nos a Ele e reconhecendo-O como nosso tudo. Dali torna-se possível prosseguir nosso caminho diário, tendo encontrado a ordem correta da vida, o critério fundamental pelo qual viver e morrer.

Aqui está a razão pela qual tudo no ato litúrgico, através da nobreza, da beleza, e da harmonia dos sinais exteriores, tem que conduzir à adoração, à união com Deus: isto inclui a música, o canto, os períodos de silêncio, a maneira de proclamar a Palavra do Senhor, a maneira de rezar, os gestos empregados, as vestes litúrgicas os vasos sagrados e outros acessórios, assim como o edifício sagrado em sua totalidade. É sob esta perspectiva que a decisão de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, deve ser entendida, que, começando a partir da festa de Corpus Christi do ano passado, começou a distribuir a Sagrada Comunhão aos fiéis ajoelhados e diretamente na língua. Pelo exemplo dessa conduta, o Santo Padre nos convida a tornar visível a atitude própria de adoração diante da grandeza do mistério da presença eucarística de Nosso Senhor. Uma atitude de adoração que tem que ser promovida tanto mais ao se aproximar da santíssima Eucaristia das outras formas permitidas nos dias de hoje[2].

Gostaria de citar mais uma vez outra passagem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis: “Quando a reforma dava os primeiros passos, aconteceu às vezes não se perceber com suficiente clareza a relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento; uma objeção então em voga, por exemplo, partia da idéia que o pão eucarístico nos fora dado não para ser contemplado, mas comido. Ora, tal contraposição, vista à luz da experiência de oração da Igreja, aparece realmente destituída de qualquer fundamento; já Santo Agostinho dissera: ‘Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; [...] peccemus non adorando – ninguém come essa carne, sem antes a adorar; [...] pecaríamos se não a adorássemos’ De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração daquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste.” (n. 66)

Creio que, entre outras, a seguinte passagem do texto que acabei de ler não deve passar desapercebida: “[A celebração eucarística] é, em si mesma, o maior ato de adoração da Igreja.” Graças à sagrada eucaristia, Sua Santidade, Bento XVI, nos diz mais uma vez: “A imagem do matrimônio entre Deus e Israel torna-se realidade de um modo anteriormente inconcebível: o que era um estar na presença de Deus torna-se agora, por meio da participação na doação de Jesus, comunhão em seu corpo e sangue, torna-se união.” (Deus Caritas Est, n.13) Por esta razão, tudo na liturgia, e mais especificamente na liturgia eucarística, tem que levar à adoração; tudo no desenrolar do rito tem que ajudar a se entrar na adoração da Igreja ao seu Senhor.

Considerar a liturgia como local de adoração, para unir-se com Deus, não significa perder de vista a dimensão comunitária da celebração litúrgica, muito menos esquecer o imperativo da caridade em relação ao próximo. Pelo contrário, somente através de uma renovação da adoração a Deus em Cristo, que toma forma no ato litúrgico, nascerá uma autêntica comunhão fraterna e uma nova história de caridade e amor, sustentada por aquela capacidade de maravilhar-se e de agir heroicamente, que somente a graça de Deus pode dar aos nossos pobres corações. As vidas dos santos nos recordam e nos ensinam isso. “A união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros aos quais Ele Se entrega. Eu não posso ter Cristo só para mim; posso pertencer-Lhe somente unido a todos aqueles que se tornaram ou que se tornarão Seus. A comunhão tira-me para fora de mim mesmo, projetando-me para Ele e, desse modo, também para a união com todos os cristãos.” (Deus Caritas Est, n.14)



4. A Participação Ativa.

Foram realmente os santos que celebraram e viveram o ato litúrgico participando ativamente. A santidade, como resultado de suas vidas, é o testemunho mais bonito de uma participação verdadeiramente ativa na liturgia da Igreja.

Justamente, então, e por providência divina, o Concílio Vaticano II insistiu tanto na necessidade de promover uma autêntica participação da parte dos fiéis durante a celebração dos sagrados mistérios, ao mesmo tempo em que lembrava à Igreja do chamado universal à santidade. Essa instrução exigente do concílio tem sido confirmada e proposta mais e mais por tantos documentos sucessivos do magistério até o presente dia.

Apesar disso, nem sempre tem havido um entendimento correto do conceito de “participação ativa”, de acordo com aquilo que a Igreja ensina e exorta os fiéis a viver. Na verdade, há participação ativa quando, durante o curso da celebração litúrgica, cada um cumpre seu próprio papel; também há participação ativa quando se tem uma melhor compreensão da palavra de Deus quando a mesma é ouvida ou das orações quando as mesmas são ditas; também há participação ativa quando se une a própria voz às demais vozes no canto... Tudo isso, entretanto, não significaria uma participação verdadeiramente ativa se não levasse à adoração do mistério de salvação em Cristo Jesus, que por nossa causa morreu e ressuscitou. Isto porque só aquele que adora o mistério, recebendo-o de bom grado em sua vida, demonstra ter compreendido o que está sendo celebrado, e então está verdadeiramente participando da graça do ato litúrgico.

Como confirmação e respaldo para o que acaba de ser dito, ouçamos novamente as palavras de uma passagem do então Cardeal Ratzinger, do seu estudo fundamental “Introdução ao Espírito da Liturgia”: “Mas em que consiste esta participação ativa? O que se faz aí? Infelizmente, o sentido dessa palavra facilmente leva a equívocos, pensando-se que se trata de um ato geral e apenas exterior, como se todos tivessem de – quanto mais possível tanto melhor – ver-se em ação. Contudo, a palavra ‘participação’ (ou ‘ter participação’) remete para uma participação principal, na qual todos devem participar... Nas fontes, entende-se sob actio da Liturgia a oração eucarística. A verdadeira ação litúrgica, o verdadeiro ato litúrgico, é a oratio... Essa oratio – a oração eucarística, o ‘Cânone’ – é certamente mais do que uma alocução, ela é actio no sentido mais elevado do termo.” (edição portuguesa, pp.127-8) Cristo é feito presente em toda a sua obra salvífica, e por esta razão a actio humana se torna secundária e cede espaço à actio divina, à obra de Deus.

Logo, a verdadeira ação que é executada na liturgia é a ação do próprio Deus, sua obra de salvação em Cristo, da qual participamos. Esta é, entre outras coisas, a verdadeira novidade da liturgia cristã em relação a todos os outros atos de culto: o próprio Deus age e realiza o que é essencial, enquanto o homem é chamado a abrir-se à atividade de Deus, a deixar-se transformar. Consequentemente, o aspecto essencial da participação ativa é superar a diferença entre a ação de Deus e nossa própria ação, de forma a que possamos ser um com Cristo. Por isso eu poderia enfatizar o que foi dito até agora: não é possível participar sem adoração. Escutemos outra passagem da Sacrosanctum Concilium: “É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos.” (n. 48)

Comparado com isso, tudo o mais é secundário. Estou me referindo em particular às ações externas, lembrando que as mesmas são importantes e necessárias, e previstas sobretudo durante a Liturgia da Palavra. Menciono as ações externas porque, caso se tornem a preocupação essencial, a liturgia será reduzida a um ato genérico, e neste caso o autêntico espírito da liturgia não terá sido compreendido. Segue-se que uma autêntica educação para a liturgia não pode consistir em simplesmente aprender e praticar ações exteriores, mas em uma introdução à ação essencial, à obra de Deus, ao mistério pascal de Cristo, que precisamos permitir que nos encontre, nos envolva e nos transforme. Que a mera execução de gestos externos não seja confundida com o correto envolvimento de nossos corpos no ato litúrgico. Sem excluir nada do significado e importância da ação externa que acompanha o ato interno, a Liturgia demanda muito mais do corpo humano. Requer, de fato, seu esforço total e renovado nas ações diárias da vida. Isto é o que o Santo Padre Bento XVI chama de “coerência eucarística”. Propriamente falando, o exercício oportuno e fiel de tal coerência é a expressão mais autêntica da participação, inclusive corporal, no ato litúrgico, a ação salvífica de Cristo.

Gostaria de discutir mais este ponto. Estamos realmente certos de que a promoção de uma participação ativa consiste em fazer com que tudo seja imediatamente compreensível até os mínimos detalhes? Será que o ingresso no mistério de Deus não pode ser facilitado e, algumas vezes, até melhor acompanhado por aquilo que toca principalmente as razões do coração? Não acontece, em alguns casos, que uma quantidade desproporcional de espaço é dada a um discurso vazio e trivial, esquecendo-se que pertencem à liturgia diálogo e silêncio, canto e música, imagens, símbolos e gestos? Não pertenceriam, talvez, a essa diversidade de linguagem que nos conduz ao centro do mistério e, portanto, à verdadeira participação, também a língua latina, o canto Gregoriano e a polifonia sacra?


5. A música sacra ou litúrgica.

Não há dúvidas de que uma discussão que se proponha a ser uma introdução autêntica ao espírito da liturgia não pode silenciar quanto ao assunto música sacra ou litúrgica.

Limitar-me-ei a uma breve reflexão para orientar a discussão. Poderia-se pensar por que a Igreja, através de seus documentos, mais ou menos recentes, insiste em indicar um certo tipo de música e canto como particularmente consonantes com a celebração litúrgica. Já no Concílio de Trento a Igreja interveio no conflito cultural que se desenvolvia na época, restabelecendo a norma pela qual a conformidade da música com o texto sagrado era de suma importância, limitando o uso de instrumentos e indicando uma clara distinção entre música profana e sacra. A música sacra, inclusive, não pode mais ser entendida como expressão de pura subjetividade. Ela está ancorada nos textos bíblicos ou da Tradição que devem ser cantados durante o curso da celebração. Mais recentemente, o Papa São Pio X interveio de maneira análoga, procurando remover o canto operístico da liturgia e selecionando o canto Gregoriano e a polifonia do tempo da contra-reforma Católica como o padrão para a música litúrgica, distinguindo-a assim da música religiosa em geral. O Concílio Vaticano II não fez nada além de reafirmar o mesmo padrão, assim como os documentos magisteriais mais recentes.

Por que a Igreja insiste em propor certas formas como características da música sagrada e litúrgica, fazendo-as distintas de todas as outras formas de música? Por que, também, o canto Gregoriano e a polifonia sagrada clássica se tornaram as formas exemplares, à luz das quais a música litúrgica e mesmo a popular deveriam continuar a ser produzidas hoje?

A resposta a estas questões reside precisamente naquilo que procuramos discorrer a respeito do espírito da liturgia. São propriamente aquelas formas de música – em sua santidade, bondade e universalidade – que traduzem em notas, melodias e canto o autêntico espírito litúrgico: levando à adoração do mistério celebrado, favorecendo uma participação autêntica e integral, ajudando o ouvinte a perceber o sagrado e, logo, a primazia essencial de Deus agindo em Cristo, e finalmente permitindo um desenvolvimento musical que esteja ancorado na vida da Igreja e na contemplação de seu mistério.

Permitam-me uma última citação de Joseph Ratzinger: “Gandhi destaca três espaços vitais no cosmos e mostra como cada um deles comunica seu próprio modo de ser. Os peixes vivem no mar e são silenciosos. Os animais terrestres gritam, mas os pássaros, cujo espaço vital é o céu, cantam. O silêncio é próprio do mar, gritar é próprio da terra, e cantar é próprio do céu. O homem, entretanto, participa dos três: ele leva em si a profundidade do mar, o peso da terra e a altura dos céus; é por isto que todos os três modos de ser pertencem a ele: silêncio, grito e canto. Hoje... vemos que, despojado da transcendência, tudo o que resta ao homem é gritar, porque ele deseja ser somente terra e busca transformar em terra mesmo os céus e a profundeza do mar. A verdadeira liturgia, a liturgia da comunhão dos santos, lhe restitui sua totalidade. Ela o ensina de novo como ser silencioso e como cantar, abrindo para ele as profundezas do mar e ensinando-o novamente a voar, a natureza de um anjo; elevando seu coração, faz ressoar nele mais uma vez aquela canção que tinha de certo modo adormecido. De fato, podemos mesmo dizer que a verdadeira liturgia é reconhecível especialmente quando nos liberta da forma comum de viver, e nos restaura as profundezas e as alturas, silêncio e canção. A verdadeira liturgia é reconhecível pelo fato de ser cósmica, e não feita sob medida para um grupo. Ela canta com os anjos. Ela permanece em silêncio com as profundezas do universo em espera. E desta forma ela redime o mundo.” (Cantate al Signore un canto nuovo, pp. 153-4)

Concluo. Já há alguns anos, várias vozes têm sido ouvidas dentro da Igreja falando sobre a necessidade de uma nova renovação litúrgica. De um movimento, de alguma forma análogo àquele que formou as bases para a reforma promovida pelo Concílio Vaticano II, que seja capaz de operar uma reforma da reforma, ou melhor, um passo adiante no entendimento do autêntico espírito da liturgia e de sua celebração; seu objetivo seria levar a cabo aquela providencial reforma da liturgia que os Padres conciliares iniciaram mas que nem sempre, em sua implementação prática, encontrou um cumprimento oportuno e feliz.

Não há dúvidas de que nesta nova renovação litúrgica somos nós sacerdotes que devemos recuperar um papel decisivo. Com a ajuda de Nosso Senhor e da Bem Aventurada Virgem Maria, mão de todos os sacerdotes, possa este desenvolvimento ulterior da reforma também ser o fruto de nosso sincero amor pela liturgia, em fidelidade à Igreja e ao Santo Padre.



Mons. Guido Marini
Mestre de Cerimônias das Celebrações Litúrgicas do Papa

Publicado em: http://missatridentinaemportugal.blogspot.com/

Assunto: Fwd: Medina Carreira sem papas na língua ...LEIAM

Assunto: Fwd: Medina Carreira sem papas na língua ...LEIAM









Afinal, alguém que vale a pena ler. Escola inclusiva...sem comentários


SEM PAPAS NA LÍNGUA...






A economia vai derrotar a democracia de 1976.

José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.

O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.

A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o José Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.

É gente de circo. E prezam o espectáculo porque querem enganar a sociedade.

Vocês, comunicação social, o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6». Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias... mas é sem açúcar.

Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!"

Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Isto não é ensino... é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!

Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%... esta economia não resiste num país europeu.

Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse.

Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?

P'rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim?

A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?

Quer dizer, isto está tudo louco?"

Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for...

Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:

- Um desapareceu;
- O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;
- O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;
- E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim"

O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado.

Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença!

De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente.

Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: - Prometem aquilo que sabem que não podem."

A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva...

O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"

"Os exames são uma vergonha.

Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira, é um roubo ao ensino e aos professores! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada!

A minha opinião desde há muito tempo é: TGV- Não!

Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.

Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?

Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...

Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que têm interesse, não é o Português!

Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios...

Receber os prisioneiros de Guantanamo?

Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós!

A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é!

Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar?

Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade.

Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..."

Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...

Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...."

Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum.

Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo...Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas Isso é descentralizar a «bandalheira».

Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina...
Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina...

Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...

Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..."

É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar.
Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe.

Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...

Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho...

Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem...

Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem...

No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa.

"Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta interpenetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas...Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si...Porque é que se vai buscar políticos para as empresas?

É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...

Um político é um político e um empresário é um empresário. Não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro... é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade.

Este país não vai de habilidades nem de espectáculos.

Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros. São propagandistas! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país!

Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»...

Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito...


Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir. O Português está farto de ser enganado! Todos os dias tem a sensação que é enganado!